segunda-feira, 28 de novembro de 2011

PREFEITURA DE MOJU REALIZA A XXV FEIRA AGROCULTURAL





 
A Feira foi realizada durante os dias 11, 12 e 13 de novembro. Foram 30 estandes com exposição de produtores rurais, agricultores e artesões do município. Nos estandes eram expostos trabalhos artísticos a base de caraná, um material similar ao miriti; também eram expostos panelas de barro produzidas pela comunidade e materiais artesanais. A realização foi da Prefeitura de Moju, através do Prefeito Iran Lima e da Deputada Estadual Nilma Lima. A organização foi da Secretaria de Cultura. Foram três dias de evento, com um público estimado de 15 mil visitantes. Teve a parceria de empresas e apresentações de atrações locais e nacionais.Estiveram presentes no evento a Deputada Federal Elcione Barbalho e o prefeito de Ananideua Helder Barbalho.

SOCORRO URGENTE

Fiquei entusiasmado no início deste mês quando a presidente Dilma anunciou os programas SOS Emergências, para melhorar a gestão e o atendimento dos prontos-socorros de grandes hospitais públicos e, ainda, o Melhor em Casa, que cria uma rede de atendimento domiciliar no Sistema Único de Saúde, o SUS.
A ação prevê a criação de mais 400 equipes de apoio com profissionais de outras áreas como fonoaudiólogos e dentistas. O programa Melhor em Casa – segundo anúncio do governo – corresponde à criação de um “hospital” de 60 mil leitos no melhor lugar onde uma pessoa pode ser tratada que é a sua própria casa.
No mesmo dia em que o governo federal orgulhava-se de “assumir a responsabilidade direta” por meio desses dois programas, um bebê morria numa maternidade municipal de Rio Pequeno, na zona oeste de São Paulo. O bebê prematuro morreu porque uma auxiliar de enfermagem trocou os tubos, errou e colocou 10 ml de leite materno na veia do pescoço da criança. Acreditei que os programas do governo federal estavam sintonizados com a realidade e que vinham em boa hora para acabar com esses fatos escabrosos.
Como o anúncio falava em país, pensei logo no Pará e, principalmente, em Belém onde nos prontos-socorros – tanto no da Travessa 14 de Março como no do Guamá – o descaso ultrapassou o que se chama de pouca vergonha e passou para o nível da crueldade, da desumanidade. Essa semana, na qual os médicos paralisaram os serviços porque a Prefeitura Municipal de Belém não pagou a conta da cooperativa contratada (atrasou o pagamento em cinco meses), a população de baixa renda foi martirizada. Não só os doentes, mas seus familiares. Foi uma semana de horror. O quadro, que já era grave, com queixas que vão desde comida estragada servida a pacientes e funcionários, elevador parado, sujeira em todo canto, pessoas doentes pelo chão, até crianças espalhadas pelos corredores, ficou pior. As manchetes dos jornais passaram a anunciar a morte de pessoas por falta de atendimento. O que aconteceu essa semana em Belém, nos dois prontos-socorros, foi inacreditável e cabe intervenção seja do Ministério Público, da Anvisa, do Conselho Regional de Medicina, Sindicato dos Médicos, até da Câmara Municipal de Belém ou Assembleia Legislativa, tanta é a desordem e a irresponsabilidade com a saúde. Uma clínica veterinária tem mais condições de atendimento do que os nossos prontos-socorros.  É uma vergonha saber que 70% dos atendimentos de urgência e emergência estão privatizados. A prefeitura conta apenas com 30% de funcionários. Os demais fazem parte do quadro da iniciativa privada. Imagine o que é ter seu salário atrasado por 5 meses? Não sei como a sociedade ficou tanto tempo sem saber que os nossos prontos-socorros estavam com essa bomba-relógio ativada. Não cabe nenhuma justificativa ou desculpa para a explosão dos últimos acontecimentos. A causa é a má gestão, o descaso. É dar prioridade aos anéis enquanto os dedos apodrecem.
Infelizmente, o Pará está fora da lista dos 11 hospitais que serão contemplados pelo governo federal para a implantação dos programas. Por enquanto, na questão saúde, a nossa realidade está muito próxima da retratada no livro que virou filme, de Arthur Haylle, chamado “O Hospital”, no qual os pacientes começam a morrer não pela doença que têm, mas pela falta de tratamento ou por receber tratamento equivocado.
No atestado de óbito dos que morreram essa semana nos prontos-socorros de Belém deveria constar como causa da morte a falta de assistência ou assistência errada.
JADER BARBALHO
*Texto originalmente publicado no Jornal Diário do Pará no dia 27 de Novembro de 2011.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

PMDB pede tratamento igualitário para Jader

 



A Executiva Nacional do PMDB divulgou ontem, 23, manifesto em apoio ao presidente do partido no Pará e senador eleito, Jader Barbalho. A cúpula peemedebista pede que Jader receba tratamento isonômico ao dispensado aos demais casos decididos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a partir do julgamento que invalidou a aplicação da Lei da Ficha Limpa para as eleições de 2010.
Em clima de revolta, os líderes do partido, entre eles o presidente do Senado, José Sarney (AP); o presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp (RO); o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco; os senadores Renan Calheiros e Eunício Oliveira; entre outros, acusaram alguns ministros do STF de estarem orquestrando uma operação política para reduzir o tamanho do PMDB no Senado.
“Qual é o grande jogo? Acabar com o PMDB. O Supremo tirou dois senadores do PMDB (Wilson Santiago e Gilvan Borges) e impede dois dos nossos de assumir (Jader e Marcelo Miranda). Não querem o PMDB grande no Senado. É uma coisa orquestrada. O Supremo está agindo politicamente para dar a vaga ao PT”, discursou o ex-senador e integrante da Executiva, Wellington Salgado (MG).
Segundo o ex-senador, há um movimento sendo articulado com ministros do Supremo para dar a vaga de Jader ao petista Paulo Rocha, terceiro colocado nas eleições para o Senado. “Ficou claro esse movimento absurdo de estarem enfraquecendo o PMDB. Há uma articulação sendo feita para dar a vaga ao terceiro colocado, uma decisão que deve ser considerada absurda e inaceitável”, destacou o senador eleito Jader Barbalho.
Para o presidente do PMDB, Valdir Raupp, e outras lideranças do partido, estão dando a Jader Barbalho um “tratamento diferenciado, usando dois pesos e duas medidas”, já que outros parlamentares enquadrados na Lei da Ficha Limpa já foram empossados. Raupp definiu a situação como “constrangedora”. “Queremos pelo menos tratamento igual para casos semelhantes”, protestou.
“O episódio está se transformando num caso de natureza política. O próprio Supremo já decidiu que a chamada Lei da Ficha Limpa não pode ser aplicada à eleição de 2010. Portanto, estou sendo punido por uma Lei que não existe. Todos já foram liberados, só o meu caso não. Posso ser punido por uma lei inexistente? Se meu direito não for assegurado como foi o de Cássio Cunha Lima (PSDB/PB) e Capiberibe (PSB/AP), poderá assumir em meu lugar o Paulo Rocha, alguém que não foi eleito. Isso é um absurdo que clama aos céus! O que é isso? O caso Jader Barbalho? Uma lei especial para mim?”, protestou o senador paraense.
SOLIDARIEDADE
O presidente do Senado, José Sarney, também manifestou sua insatisfação: “Se a Lei da Ficha Limpa não entrou em vigor para os outros, porque só no caso de Jader Barbalho ela é aplicada?”

Em março, o STF decidiu que a lei não deveria ter sido aplicada nas eleições de 2010, porque foi aprovada em junho, antes de completado um ano da eleição, o que contraria a Constituição. A decisão permitiu que a Corte liberasse o registro de Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e João Capiberibe (PSB-PA), que também haviam sido barrados.
Como obtiveram votos suficientes para se eleger, Lima tomou posse no início de novembro e Capiberibe deve assumir no próximo dia 29.
A nota divulgada pelo PMDB lembra que Jader foi eleito com 1,8 milhão de votos, e que o desejo da população paraense deve ser respeitado. “O PMDB, por seu diretório nacional, confiante na Justiça, reafirma seu apoio ao senador Jader Barbalho, eleito em 2010 no Estado do Pará, com mais de 1.800.000 votos, para que receba tratamento isonômico ao dispensado aos demais casos decididos pelo Supremo Tribunal Federal”, diz a nota.
No dia 9 de novembro o STF retomou o julgamento de Jader Barbalho, que já havia terminado em empate no ano passado, ao ser julgado pelo Pleno do Supremo. Mais uma vez, com uma cadeira vaga após o pedido de aposentadoria da ministra Ellen Grace, o julgamento terminou empatado, com cinco votos para cada lado. O presidente do STF, ministro Cesar Peluso, suspendeu o julgamento sem chegar a uma decisão.
O assunto será retomado com a chegada de Rosa Maria Weber, indicada pela presidente Dilma Rousseff para o lugar de Ellen Grace. Desta forma, a Corte voltará a ter 11 ministros. Mas antes, a nova ministra precisa passar por sabatina no Senado, marcada para o dia 30. Jader disse que vai aguardar a posse da nova ministra e a retomada do julgamento, antes de tomar outra decisão jurídica.

>> Leia a nota na íntegra

Em reunião hoje realizada, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro decidiu:

- O PMDB, desde os tempos de MDB, tem pautado sua trajetória à luz de seu compromisso com as instituições republicanas e democráticas e ao fortalecimento, à harmonia e à independência dos Poderes da República;

- Para o PMDB é incontroversa a obediência aos Poderes, em especial a observância e o acatamento às decisões do Supremo Tribunal Federal, guardião da Constituição da República, é ao mesmo tempo obrigação e direito de todo o cidadão brasileiro. Especialmente dos integrantes dos quadros dos Poderes;

- O Supremo Tribunal Federal no dia 23 de março deste ano decidiu que a “Lei da Ficha Limpa” não poderia ser aplicada às eleições de 2010. Como tal, um comando que impõe a observância para todos os brasileiros;

- À luz da decisão da Corte Guardiã da Constituição, muitos candidatos eleitos em 2010 buscaram e lograram tomar posse nos cargos para os quais foram eleitos, em todo o território nacional;

- A inobservância, até esta data, da referida decisão do Supremo Tribunal Federal, diante de idêntico pedido do Senador peemedebista Jader Barbalho, fere a jurisprudência consolidada naquela Egrégia Suprema Corte;

- O PMDB, por seu Diretório Nacional, confiante na Justiça, reafirma seu apoio ao Senador Jader Barbalho, mais votado nas eleições de 2010 no Estado do Pará, com mais de 1.800.000 votos, para que receba tratamento isonômico ao dispensado aos demais casos decididos pelo Supremo Tribunal Federal.

Brasília, em 23 de novembro de 2011.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Simone do Socorro Vieira (PMDB)

Vereadora toma posse em Quatipuru


A Vereadora Simone do Socorro Vieira (PMDB), presidente da Câmara Municipal de Quatipuru, tomou posse nesta segunda-feira (21) como prefeita do município, no lugar do prefeito Dênis Eugênio Cantanhede (PR), que teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral no último dia 8, após denúncia de compra de votos e abuso de poder econômico na eleição de 2008. A presidente da Câmara assume o cargo porque o segundo colocado no pleito obteve menos de 50% de votos.
A posse, no entanto, esteve longe de ser tranquila. Vereadores da oposição que não queriam que Simone Vieira assumisse o Executivo em Quatipuru fecharam as portas da Câmara para impedir que ela fosse empossada. Foi preciso determinação da Justiça para que as portas fossem arrombadas e acontecesse a cerimônia.
As informações que chegam do município é que o clima na cidade está tenso e a segurança foi reforçada, principalmente nos prédios públicos, para evitar novos conflitos.
Denis Cantanhede foi afastado do cargo com voto de minerva do presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Ricardo Nunes. No dia do pleito foram apreendidos ônibus que estavam levando pessoas de outros municípios para votarem em Quatipuru.
Pela decisão do tribunal, uma nova eleição será realizada para escolher o prefeito, mas de maneira indireta, ou seja, os vereadores irão escolher o novo prefeito. O prefeito cassado ainda pode recorrer da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral. (Diário do Pará)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

COMUNICADO

Onde está a ameaça?

O Supremo Tribunal Federal apreciou esta semana minha solicitação para ter garanti do um direito que a Constituição Federal me assegura: o de ser empossado Senador da República, pois fui eleito democraticamente por 1 milhão e 800 mil cidadãos do Estado do Pará. Mais uma vez, o STF não decidiu nada, com a declaração de novo empate proferida pelo seu presidente Cezar Peluso.
Vendo um tribunal completamente dividido entre os que estão preocupados com a interpretação correta e defesa da lei e os que decidem por meio da passionalidade, assisti perplexo ao ministro Joaquim Barbosa dizer que se senti u ameaçado por uma carta que enviei a todos os ministros do STF, no dia 6 de setembro passado. O que fiz foi um apelo à consciência histórica daquele tribunal. Mas o ministro Barbosa entendeu meu rogo como uma ameaça do tipo “olha, sei onde você mora!”. Ora, os homens públicos, mais que qualquer cidadão, têm que estar disponíveis aos rogos e reivindicações. Por outro lado, será que o ministro Barbosa se considera ameaçado cada vez que recebe uma conta de luz, telefone, uma mensagem de propaganda ou até mesmo cartões de Natal? É claro que não!
A questão era outra e foi se desenhando no decorrer da discussão. Os ministros Dias Tóffoli, Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello, e o próprio presidente do STF, ministro Cezar Peluso, com larga experiência constitucional, analisaram a questão da forma mais didática possível, que qualquer estudante de Direito poderia compreender, de tão claro que estava o assunto. Em 23 de março deste ano o mesmo STF decidiu que a chamada lei da Ficha Limpa não seria aplicada nas eleições de 2010. Mas, os que se inclinaram na questão pessoal procuravam filigranas legais e até sofismas para provocar uma nova situação que favorecesse o senhor Paulo Rocha, candidato derrotado ao Senado aqui no Pará.
Ficou claro! Não só para mim, mas para muitos que haviam cantado a pedra. O que parecia fofoca, conversa ouvida aqui e ali, foi tomando corpo e, por muito pouco, o meu mandato de senador não foi solapado no “tapetão”, para usar um jargão esportivo.
A ira do ministro Barbosa contra mim, por ter lhe enviado uma carta, me assustou e me despertou para o que havia por trás daquela espetaculosa demonstração de raiva. O ministro Gilmar Mendes declarou que ali estava criado um “case”, ou o caso Jader Barbalho. Não era mais a análise de uma situação constitucional. Resta somente a pergunta: por que somente eu não fui beneficiado pela repercussão geral da lei? Repercussão geral em Direito significa que é para todo mundo.
A coisa só pode ser pessoal e política. Exclusivamente contra mim! E se é contra mim, significa que é a favor de alguém. Se não, como explicar que já foram empossados deputados federais, estaduais e senadores em situação idêntica a minha?
A constatação é óbvia: havia articulação para arrancar, de qualquer forma, o meu mandato e entregá-lo a Paulo Rocha, que como Marinor Brito, não foi eleito. Seja qual for a situação, o principal dever do Supremo é zelar pela Constituição Brasileira e garanti r a vontade popular. A lei não pode ser personalizada ou “customizada”, como se diz em marketing.
Esta é uma situação gravíssima que preciso denunciar e deixar claro ao povo do Pará, principalmente aos 1 milhão e 800 mil eleitores paraenses, brasileiros que me elegeram Senador. A carta que enviei a todos os ministros, na tentativa de ter meus direitos constitucionais assegurados – o mesmo que faz qualquer cidadão que se ache injustiçado – eu publico aqui, para que o leitor veja se encontra alguma ameaça ao ministro Barbosa.
Quem está verdadeiramente ameaçado é o meu mandato, conquistado legitimamente pelo voto secreto e universal. Quem está ameaçado é o povo do Pará, que pode ter sua vontade menosprezada com o concurso de quem deveria garantir o direito e a justiça. Quem está ameaçada é a democracia, que pode ruir ante às tentativas das ditas “forças estranhas”, das palavras veladas, da burocracia que posterga e facilita o golpe. Esta é a verdadeira ameaça!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Julgamento de embargos de Jader Barbalho resulta em novo empate no STF

Mais uma vez Jader Barbalho divide a Corte Suprema do Brasil. O julgamento dos embargos de declaração, com efeitos infringentes, que visavam modificar a decisão anterior da Corte, que manteve indeferido o registro da sua candidatura, novamente terminou em empate: cinco ministros votaram pela procedência dos embargos e cinco ministros votaram pela improcedência.

Joaquim Barbosa, o relator, em um voto carregado de ressentimento pessoal contra o embargante, proferiu o primeiro voto, indeferindo os embargos, alegando que estes não eram a ferramenta processual correta, e sim a ação rescisória.

O voto do ministro Barbosa foi seguido pelos ministros Luiz Fux, Ayres Britto, Ricardo Lewandowski, e pela ministra Carmén Lúcia.

Inaugurou a divergência o ministro Dias Toffoli, na qual foi seguido pelos ministros Gilmar Mendes, Marco Aurélio, o decano Celso de Mello e o presidente da Corte, ministro Cezar Peluso.

No impasse do empate, a Corte decidiu que não prolatará Acórdão e aguardará a posse da nova ministra a pousar no Tribunal, cuja indicação, ao Senado, já foi feita pela presidente da República e que não deverá atravessar a Praça dos Três Poderes, rumo ao STF, este ano.

Jader Barbalho, mais uma vez, teve o seu direito líquido e certo de tomar posse no Senado Federal, adiado por um número que para ele já se tornou fatídico: o número 10.

Fonte: Blog do Deputado Parsifal Pontes

RECURSO DE JADER EM MESA DO STF


Ontem as 14:59 o Ministro Joaquim Barbosa resolveu por em mesa o Recurso Extraordinário – RE 631102 em que o Senador Eleito, em Outubro de 2010, Jader Barbalho pleiteia sua diplomação como Senador do Pará.
Isto significa que hoje, havendo disponibilidade de tempo, o recurso poderá ser julgado pelo pleno do STF. Há expectativa de provimento do recurso,  ou seja,  hoje a justiça poderá ser feita e Jader Barbalho terá seu direito reconhecido, podendo ser diplomado e empossado Senador da Republica representando nosso Estado.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Maurino cassado de novo em Marabá

Às 12h50 de ontem, a juíza da 100ª Zona Eleitoral de Marabá, Cláudia Regina Moreira Favacho Moura, publicou a decisão que cassou, mais uma vez, o cargo do prefeito Maurino Magalhães de Lima (PR), por crime de Caixa 2, cometido na campanha eleitoral de 2008. A juíza mandou intimar o vice-prefeito de Marabá, Nagilson Rodrigues Amoury, para que recorra da decisão, e também o PPS, partido que ingressou com a ação que agora culminou na cassação de Maurino.


A Câmara Municipal de Marabá foi notificada, na tarde de ontem, para que o presidente da Casa, o vereador Nagib Mutran Neto (PMDB), assumisse a prefeitura de forma imediata, pelo prazo de cinco dias. Como o vereador está em Belém, a vice-presidente da CMM, Irismar Sampaio, foi empossada prefeita de Marabá, no final da tarde de ontem. O presidente da Casa deve retornar apenas hoje a Marabá.


A juíza Cláudia Moura também mandou notificar o segundo colocado na eleição passada, deputado João Salame (PPS), para que, no prazo de cinco dias, assuma o Poder Executivo Municipal. Mas o deputado encontrava-se em Itaituba, de onde só retornaria nesta terça-feira para Marabá.


Com relação ao prefeito cassado, Maurino Magalhães, a magistrada disse que não precisa ser notificado, pois já havia recorrido da decisão, ainda na sexta-feira (4), de modo que sua ciência da decisão é “inequívoca”. O advogado Fábio Sabino, que defende os interesses do prefeito Maurino Magalhães, disse à imprensa que está aguardando o resultado do recurso impetrado ainda na sexta-feira. Ao final da tarde de ontem, por telefone, a reportagem entrou novamente em contato com o advogado do prefeito, que informou ainda não ter retorno quanto ao recurso.


ENTENDA


Maurino foi cassado novamente porque o juiz José Rubens Barreiros de Leão, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA), extinguiu a liminar que mantinha o prefeito no cargo desde o dia 4 de outubro, por entender que a liminar perdeu seu objeto, uma vez que foi publicada três dias depois que a cassação do prefeito já havia sido promulgada. Esta foi a terceira cassação de Maurino somente neste ano de 2011. O primeiro afastamento aconteceu em 25 de janeiro e o segundo no dia 4 do mês passado.


O termo Caixa 2 se refere a recursos financeiros não contabilizados e não declarados à Justiça Eleitoral. (Diário do Pará)

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

AFINAL, O QUE SOMOS?

Entre 187 países avaliados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o Brasil figura na 84ª posição no que se refere ao Índice de Desenvolvimento Humano, o IDH, que mede riqueza, alfabetização, esperança de vida, educação, taxa de mortalidade e outros dados. Ou seja, as Nações Unidas avaliam e classificam anualmente  os países de acordo com o bem-estar da sua população, principalmente a infantil.
Essa incômoda posição deixa o Brasil atrás de países como Chile, Argentina, Barbados, Uruguai, Cuba, Bahamas, México, Pananá, Antígua e Barbuda, e Trinidad e Tobago, só para citar como estamos em relação à América Latina. Por outro lado, desde o ano passado, numa classificação de agências internacionais, o Brasil desbancou a Itália e passou a ser a 7ª economia do mundo. Perdemos somente para os EUA, China, Japão, Alemanha, França e Reino Unido. Previsões mais otimistas já apontam o Brasil como a 5ª maior economia em 2018. Na nossa frente devem estar apenas EUA, China, Japão e Alemanha, segundo notícias de jornais. Confesso que acho indecente a divulgação desses dados, porque eles apontam para um país injusto, onde a concentração de renda está quase toda em uma pequena parcela da população.  Já tratei deste tema e até desci a detalhes, mas peço relevância ao leitor, pois sou clínico geral em matéria de avaliação e compreensão dos números apresentados ou discutidos por institutos matemáticos. Eu não compreendo e acredito que a maioria da população também não leva fé ao ler, ouvir e ver a efusiva apresentação dos dados anuais, de uma equação sem método compreensível, pelo menos para nós, pobres mortais. Ou então, como se explica que um país tão rico (o ex-presidente Lula e a presidente Dilma fazem palestras a países pobres sobre como aumentar a qualidade de vida das classes mais baixas) possa mascarar tanto a sua realidade? Como entender que, num país rico, mulheres grávidas, crianças e idosos sofram, diariamente, na porta de hospitais públicos sem atendimento, ou que estejam na rua com fome e frio, sujeitos a todo tipo de violência? Como entender uma juventude que busca freneticamente trabalho ou educação e só encontra portas fechadas? Eu tenho dificuldade de entender como o governo do ex-presidente Lula comemorou e ainda comemora a passagem de 20 milhões de brasileiros das classes D e E para a classe média, apenas com um programa de bolsa-tudo. A fórmula é esta: distribuição de bolsas assistenciais para milhões de brasileiros. Aí está o grande investimento em favor dos mais pobres, o fator que define a popularidade do ex-presidente Lula como a maior entre todos os homens que passaram pela presidência da República.
A festa que a mídia fez para a subida de um ponto na lista dos países com melhor IDH foi absurda (ano passado a nossa colocação era a 85ª). A fantasia por pouco não virou loucura. O cidadão comum deve estar com um nó na cabeça – ou uma pulga atrás da orelha – em ver a realidade a sua volta, da qual ele está excluído dos serviços primários e básicos (não tem acesso à casa própria, à água tratada, saneamento básico, educação e, principalmente, a uma vida saudável), e os noticiários a garantir que o Brasil é uma potência e está “bombando” lá fora; é um país rico, mesmo que o seu IDH seja um dos piores da América Latina; mesmo que os nossos indicadores sociais revelem desequilíbrios na distribuição de renda e que grande parte da população viva em condições miseráveis.
Sobre este tema as autoridades, economistas e institutos como o IBGE, IPEA e até o Ministério do Planejamento devem explicação à comunidade para que possamos entender esse enigma da pirâmide que é a possibilidade de sermos ricos e miseráveis. De como estar em dois lugares ao mesmo tempo.
Segundo o Pnud, o IDH brasileiro pode não ter tanta importância para a nossa situação quanto para populações de países que estão na linha extrema da pobreza, como os da África, por exemplo. É que, no Brasil, uma melhor qualidade de vida, pode ser garantida pelo patrimônio individual, ou seja, quem tiver dinheiro, tem melhor expectativa de vida, acesso à saúde, educação, lazer, transporte e tudo mais, ao contrário dos países onde não existe infraestrutura, e aí a vida pode ser difícil mesmo para os mais abastados.
Parece até brincadeira, ou quem sabe uma charada, o Brasil ser a sétima potência mundial e ter um dos piores IDH da América Latina. É o caso de se dizer “entendi, mas não compreendi”.
JADER BARBALHO
*Texto originalmente publicado no Jornal Diário do Pará no dia 06 de Novembro de 2011.